sábado, 13 de dezembro de 2014

RESPEITO AO HOMEM DO CAMPO

Tudo bem que o cidadão seja absolutamente urbano; que não conheça o campo, que não saia da cidade; que não coma carne de nenhum tipo, não beba leite, não se vista ou calce couro de qualquer espécie; ainda assim deve graças ao homem do campo. Vejamos o porquê...

Fonte: http://www.sindrof.com.br/
Opiniões, posicionamentos e opções devem sempre ser respeitadas, mas o principio básico de dar-se ao respeito para ser respeitado também é válido. A cidade e o campo devem viver em harmonia, tal como viveram por muito tempo; entretanto, desde a ECO92 ocorrida no Rio de Janeiro, setores da sociedade têm adotado um tom difamatório ao agronegócio, um dos setores mais importantes da economia, sustentabilidade e segurança alimentar para o Brasil.

Criticar o agronegócio é criticar o homem do campo e esquece-se que foram essas mãos que há mais de 50 anos abriram picadas para fazer lavouras, pastagens e cidades e ajudar o Brasil garantir sua soberania e se estabelecer como nação, suportou a solidão dos pioneiros enfrentando os sertões, atoleiros, malárias pelo progresso de um povo.



Quem critica o homem do campo esquece-se de que alguém rasgou a terra, lançou sementes e colheu os frutos que deram origem ao seu cereal matinal.  E lembro ainda que este cereal é regado a leite e adoçado pelo agronegócio que além do açúcar, lhe garante o combustível do seu automóvel e até a energia para sua residência.
E por falar em carro; de onde você acha que vem os pneus que calçam seu veículo; o couro que reveste os bancos e até mesmo o enchimento do estofados? Da cidade ou do campo?
Fonte: www.revistaplantar.com.br

Recentemente participei de um debate sobre o agronegócio e meio ambiente, e até mesmo os mais radicias críticos do agronegócio se renderam a canapés com queijos, massas, cerveja, vinho, café e pudim de leite como sobremesa. Ou seja: sem que se apercebessem, mesmo não concordando, todos se renderam ao agronegócio.  Ou as matérias primas que deram origem a essas delícias foram produzidas onde? Na baia de Guanabara? Quem dera; mas ainda que fosse possível, seria impraticável pois suas águas estão imundas; e não foi o campo que as fez de depósito dos seus dejetos.



Água: até este bem tão preciso depende do trabalho homem do campo, que em muitos países já são pagos pela sua produção e preservação de nascentes e cursos de rio. Água que falta na maior cidade brasileira que paradoxalmente é cortada por dois grandes rios transformados em latrina por muitos daqueles que criticam o homem do campo e o agronegócio.

Todos concordam que opções e posicionamentos devam ser respeitados; mas o respeito deve ser recíproco. A cidade e o campo devem viver em harmonia e para isto o respeito ao homem do campo deve ser recuperado. Lembremos que o arroz, feijão, alface, carne, ovo e leite não vem da geladeira de um supermercado, antes passam por mãos dedicadas, a muitos quilômetros de distancia; sob sol, chuva e poeira até chegar a nós consumidores.


O homem do campo não é matuto, inculto ou rude; é do campo por opção, dedicação, coragem e devoção. Fez da lavoura seu escritório, das ferramentas sua caneta, do trator e lombo de burro seu veículo e tem no firmamento seu relógio e nos pássaros seu despertador. Com lavoura, roça, pasto, horta e granja garantem a nossa segurança alimentar e suas mãos calejadas, técnica e muita fé garantem a produtividade que faz do Brasil o celeiro do mundo.

Até mesmo a bucha vegetal que esfolia a pele de madames em caros spas vem do campo, assim como os óleos vegetais de shampoos, sabonetes e cremes.


Portanto; na próxima vez que encontrar um agricultor, pecuarista, granjeiro, ou mesmo roceiro, como muitos gostam de dizer, cumprimente-o em sinal de respeito por quem trabalha para alimentar o mundo e fazer do Brasil um Gigante do Agronegócio. E se o alimento não chega à todas bocas que deveria chegar, esteja certo de que esta não é a vontade do home do campo. Não tenho dúvidas que se um "roceiro" estivesse no comando do Brasil, hoje teríamos um país mais sério, decente, justo e seguro para se viver.
Foto: Alexandre Flores


Marcus Rezende

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