Fonte: http://www.sindrof.com.br/ |
Criticar o agronegócio é criticar o homem do campo e esquece-se que foram essas mãos que há mais de 50 anos abriram picadas para fazer lavouras, pastagens e cidades e ajudar o Brasil garantir sua soberania e se estabelecer como nação, suportou a solidão dos pioneiros enfrentando os sertões, atoleiros, malárias pelo progresso de um povo.
E por falar em carro; de onde você acha que vem os pneus que calçam seu veículo; o couro que reveste os bancos e até mesmo o enchimento do estofados? Da cidade ou do campo?
Fonte: www.revistaplantar.com.br |
Recentemente participei de um debate sobre o agronegócio e meio ambiente, e até mesmo os mais radicias críticos do agronegócio se renderam a canapés com queijos, massas, cerveja, vinho, café e pudim de leite como sobremesa. Ou seja: sem que se apercebessem, mesmo não concordando, todos se renderam ao agronegócio. Ou as matérias primas que deram origem a essas delícias foram produzidas onde? Na baia de Guanabara? Quem dera; mas ainda que fosse possível, seria impraticável pois suas águas estão imundas; e não foi o campo que as fez de depósito dos seus dejetos.
Água: até este bem tão preciso depende do trabalho homem do campo, que em muitos países já são pagos pela sua produção e preservação de nascentes e cursos de rio. Água que falta na maior cidade brasileira que paradoxalmente é cortada por dois grandes rios transformados em latrina por muitos daqueles que criticam o homem do campo e o agronegócio.
Todos concordam que opções e posicionamentos devam ser respeitados; mas o respeito deve ser recíproco. A cidade e o campo devem viver em harmonia e para isto o respeito ao homem do campo deve ser recuperado. Lembremos que o arroz, feijão, alface, carne, ovo e leite não vem da geladeira de um supermercado, antes passam por mãos dedicadas, a muitos quilômetros de distancia; sob sol, chuva e poeira até chegar a nós consumidores.
O homem do campo não é matuto, inculto ou rude; é do campo por opção, dedicação, coragem e devoção. Fez da lavoura seu escritório, das ferramentas sua caneta, do trator e lombo de burro seu veículo e tem no firmamento seu relógio e nos pássaros seu despertador. Com lavoura, roça, pasto, horta e granja garantem a nossa segurança alimentar e suas mãos calejadas, técnica e muita fé garantem a produtividade que faz do Brasil o celeiro do mundo.
Até mesmo a bucha vegetal que esfolia a pele de madames em caros spas vem do campo, assim como os óleos vegetais de shampoos, sabonetes e cremes.
Foto: Alexandre Flores |
Marcus Rezende
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